Assim…Assim ...3
Sempre me escondo de ti,
sempre me escondo de mim,
para que não possas ver
quanto, como te amo
assim.
Porque se visses,
se me visses
e me amasses
como eu te amo a ti,
quanto eu te amo a ti,
eu ficaria em ti
escravo em ti
senhor em ti
como tu estás em mim,
não seria mais eu,
não poderia amar-te
assim.
Não te enganes por isso
se me ouvires cantar-te
o meu amor,
se me ouvires dizer-te
como, quanto te amo
porque aquele que diz
é o que diz e canta
não o que ama.
Assim
fico livre para amar-te.
não tanto
mas mais do que te digo
eu, o que não diz
o que se esconde de ti
o que vive em si
assim, assim
assim, assim…
Geraldes de Carvalho
De 18 Poemas de muito amor e quase nenhuma circunstância
terça-feira, abril 17, 2007
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