quarta-feira, outubro 17, 2007

Eu chovo sobre ti...

Eu chovo sobre ti minhas angústias
meus desalentos minhas desventuras.

O teu coração é grande
e tudo nele se desfaz
como se fosse neve no verão
um pecado mortal no paraíso
ou no inferno, uma boa acção.

Meu amor, minha querida
como consegues ser assim
para além dos meus sonhos,
meus anseios ?
Como consigo imaginar-te tanto
que não és o que és ?

Dentro de mim estás
e, como do oceano Vénus, nasces 
tão pura tão etérea no primeiro momento
que se assim permanecesses morrerias
porque eu contigo estou
feito deste mortal egoísmo
de que sou .

Por isso amor, vivamos 
nossa humanidade pequenina
e soframos as angústias,
os desalentos e as desventuras
mas vivamos.

Geraldes de Carvalho
de 27 poemas de muito amor e também muita trivialidade

4 comentários:

amantedasleituras disse...

Geraldes venho segunda vez, hihihi cumprindo a palavra.
Falando de uma forma geral da tua poesia a classificaria como uma poesia reflectiva, intimista e filosofica. em meu ponto de vista é a poesia chamada inteligênte e está tudo dito!
Saludos como diz a nossa amiga Maria José Limeira e jinhos meus

gdec - Geraldes de Carvalho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana M disse...

queria conhecer a musa tua; fico aqui a imaginá-la;

acho já te disse: adoro essa construção: poemas de muito amor e muita trivialidade etc

Anónimo disse...

Um choro sobre a musa na construção da palavra. Chorar alivia a alma.
Bjo amigo.
Quatro folhas