sábado, abril 14, 2007

Agora é assim que escrevo. Não sei bem se melhor se pior mas, assim...assim.








Assim, assim…2



O que eu sou
não era há pouco
porque o só de pensar nisso
me transformou e deixou
como outro que eu não era
nem queria nunca ser,
ou quisera...
Dizei-me por isso agora
como vou poder viver
sem ser o que era há pouco
mas tendo disso o saber
como se fora
se fora
o meu neto
o meu avô
e, enfim
sabendo todo o futuro
e o passado também
como se a minha ascendência
e a minha descendência
vivessem dentro de mim
e eu fosse outro mas o mesmo
assim, assim...

gdec - Geraldes de Carvalho

1 dos 18 registados sob o título provisório de " 18 poemas de muito amor e muito pouca circunstância"

3 comentários:

Ana M disse...

que lindo isso, Geraldes. pensei em quantas pessoas diferentes somos durante uma vida. e, também, que, por mais que mudemos, somos ainda sempre os mesmos. do ontem, do começo e de amanhã. lindo. bisou.

ps: não demora a mostrar os outros 17, tá?

Okawa Ryuko disse...

O velho problema do mesmo e do outro posto em poesia. Parabéns. obrigada pela visita e pelas palavras no meu blog. Abraço para si tb.

Alê Quites disse...

Bravo, assim...
Beijos*