domingo, setembro 09, 2007

... a hora

Estou aqui
perdido em dor
nos labirintos do ser
do meu ser tão pequenino
mas infinito...

Aqui chega a vossa voz
tão deformada
pelas curvas do meu destino
que eu já não sei
se é uma voz
ou nada.

Só sei que sofro, e mói
esta dor,
talvez fingidamente
mas que dói, dói. 

Deuses em que eu não creio
valei-me agora
que eu estou nascendo
e morrendo,
...é a hora .

Geraldes de Carvalho

de 24 ou 25 poemas de muito amor e alguma circunstância

5 comentários:

Ana M disse...

"o que eu queria dizer
era tão alto
e tão longe
que nem consegui soletrar
suas palavras-estrelas" (Helena Kolody)

lindo poema. o tempo foge. saudade de ti. sempre. bisou.

Alê Quites disse...

Indiquei um texto seu no "Prêmio Caneta de Ouro". Veja no Namastê.
Beijos

Alê Quites disse...

Amigo,
a importancia maior, nem é participar da "brincadeira" do Prêmio Caneta de Ouro, mas sim poder apreciar seus textos.

Ah! Sobre as dificuldades em colocar links em seu blog: eu posso ajudá-lo, se quiser, é claro!
Mande-me seu e-mail que eu explico (desenho) como fazer.

Saudações!

Dalva Agne Lynch disse...

bonito texto, amigo!Viu como te visitei? abreijos!

Morg disse...

Gosto de poesia porque elas são nossas quando as tomamos em nós, mesmo que não as tenhamos escrito. Tomei pra mim as que você escreveu.